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terça-feira, 17 de maio de 2011

De tempos em tempos

De tempos em tempos nos perdemos de nós mesmos e quando isso ocorre, o cenário que é visto a frente é algo parecido com o deserto, um terreno árido, seco, sem água. A vida nesse lugar deserto é solitária, apesar do convívio com os nativos que vivem se camuflando para defender a própria existência.

O relacionamento com a sede passa ser encarado com naturalidade e o desespero pela água fica amortecido, a visão fica ofuscada pelo brilho intenso do sol e o desejo de fugir do deserto vai ficando distante.

O corpo desiste, mas a mente insiste em trazer à memória as lembranças que trazem esperança: a visão do oásis, a canção do salmista, o clamor aos céus.

De tempos em tempos quando estávamos perdidos de nós mesmos e fomos resgatados, ficamos como quem sonha, voltamos o olhar para o alto, encontramos a nossa existência, a nossa origem, a nossa razão.

2 comentários:

Peterson Quadros disse...

Senti que entrei no âmbito da fé. Uma poesia sobre ganhos, porque no final, embora você tenha falado em perder-se de si mesmo, existe um céu e basta olhá-lo. Muito forte Lindsay e também bonito. Muito obrigado...

♪Gisele♫ disse...

perfeito...sem mais, =)