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segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Meus caros amigos...(isto não é nome de revista)

Um adeus ao Joe Azambuja

Para aqueles que não tinham muita amizade para com ele, outros que até diziam que ele já estava fazendo hora extra na terra, mas também para aqueles que mantinham certa simpatia, mesmo que mantendo um relacionamento um tanto quanto distante dele. Gostaria de informar que o Joe, o pequeno Joe Azambuja, por alguns carinhosamente apelidado por Aza, veio a ter seu óbito dia 16 de agosto de 2008.

Joe teve uma vida breve, porém significativa. Deixou lições de vida das mais sábias para quem as praticar. “Nunca falar de alguém, manter-se sempre no seu “canto”, não se intrometer na vida alheia, manter-se sempre calmo e tranqüilo” e outras que a sua serenidade transmitia.

A sua morte podemos dizer sem exageros que foi trágica! Não, ele não morreu de solidão, ou de frio, velhice ou de doença como muitos insistiam em dizer que ele sofria de tais maus. Até ser acusado de que cometia um dos sete pecados capitais, a gula, Joe foi acusado. Mas não foi esta a causa da sua morte.

Meus amigos, o Aza foi vítima da ironia do destino. Ironia que se deu neste inverno rigoroso de Curitiba. Joe, ao seu modo, apresentava um desconforto excessivo em relação a baixa temperatura enfrentada nos meses de junho e julho, era evidente o seu sofrimento silencioso. No mês de agosto, extinguiu-se o seu sofrimento. Um termostato passou a decorar e aquecer sua casa. A satisfação de Joe foi tamanha que o levou a ter comportamento diferenciado, deixou a vida sedentária para praticar passeios diários pela manhã e noite.

Madrugada de 16 de agosto de 2008. O óbito. Um acidente terrível, trágico, forte! Uma explosão ocorre dentro da casa do Joe! O termostato, aquele cujo sofrimento do Joe aliviou, explodiu. Estilhaços de vidros para todos os lados, substâncias químicas venenosas espalhadas e dissolvidas impregnado os pulmões do pequeno Aza. Não resistiu, lutou bravamente, porém sem vitória. Seu coração sofreu um infarto, seus pulmões ficaram completamente intoxicados, seus olhos perderam o brilho até se fecharem por completo.

Joe deixa amigos, colegas e companheiros. Àqueles que o acolheram em épocas onde ele não tinha onde ficar, Joe certamente agradeceria a todos. Ao casal Vanessa e Evandro, por o hospedarem em dias difíceis, ao Sr. Rubens que não lhe negou um teto, ao amigo Rodrigo Alves que carinhosamente o apelidou de “Aza’ e que por mais de uma semana dividiram moradia juntos e por fim, ao André Alves, seu primeiro amigo, o primeiro a lhe estender a mão e apresentar-lhe um lar. A todos só nos restam as lembranças deixadas por ele.

Joe não foi cremado nem enterrado. O seu desejo era que seu corpo fosse jogado ao mar. Assim foi feito.

3 comentários:

Rodrigo Alves disse...

É com grande dor, que estou tentando falar sobre o nosso amigo 'Aza'... é difícil, me falta palavras... Mas o 'Aza' foi um grande peixe, pequena na estatura, mas grande e vitorioso no jogo chamado vida. Eu só posso dizer uma coisa -- VÍTIMA -- até quando teremos que perder vidas, são balas perdidas, explosões.. nem no nosso aquário temos a segurança. Onde estamos, pra onde vamos ??
'Aza' amigão, descanse em paz.

Magnum Opus disse...

Poxa e eu nem conheci o Aza... Soube que ele andava meio borocoxô devido ao clima gélido e sombrio de Curitiba. Ele não tinha culpa de ser geneticamente adaptado para viver nas águas quentes da Indonésia, pelo menos antes de partir ele teve o prazer de sentir o clima das águas de seus ancestrais.

Anônimo disse...

Minha primeira visita aqui e já dou com uma notícias dessas.. poxa, não sei o que dizer.

Se tem aquele filme do "Todos os cachorros vão para o céu", então acho que os peixes também. E o Joe deve ter água quente e comida à vontade lá.